sexta-feira, julho 29, 2005

Tempos de IRA

Dia 28 de Julho ficará na História da Europa moderna, pela notícia do fim da luta armada na Irlanda do Norte.Parece-me aqui uma jogada de grande visão estratégica por parte dos dirigentes do IRA. Ao se demarcarem claramente de possiveis paralelismos com o terrorismo de Ben Laden.">Londres está de luto, pelos acontecimentos do Metropolitano, e o IRA anuncia o depôr das armas. Com este acto sumou mais notoriedade do que a conseguida em todas as acções armadas efectuadas até à data. Demonstrou inteligência, perspicácia e visão política. Arrisco até a dizer que existe um tipo de terroristas com princípios... sei que pode até ser polémica esta visão, mas longe de colocar no mesmo saco IRA e Al Caeda. Aqui ao lado temos a própria ETA que também actua de uma forma destinta ao efectuar o aviso antes do facto consumado. São terrores que não servem interesses maiores. Não nego que sou apologista de que muito mais do que a luta de Alá está por trás dos ataques cobardes perpectuados pelo grupo de Ben Laden.Quem ganha com isso? Quem ganha com o medo instalado? Quem factura com tudo isto? Há uma lista enorme de interesses que se alimentam da insegurança mundial, que não podem estar imaculados de suspeição.A indústria de armamento surge na primeira linha, seguida de muito perto pelas petroliferas, podiamos falar da indústria farmaceutica vendendo antidotos para possiveis ataques biológicos.É uma lógica assustadoramente preversa, mas onde a leviandade dos interesses do capital se sobrepõem aos interesses humanos e as pessoas são vistas como meros dados estatisticos.O terror alimentado por Ben Laden é um terror que pode ser visto de forma simplista como que movido pelo ódio ao Ocidente, acredito nisso, centrado nas bases da organização, mas as cúpulas são movidas por interesses demasiado obscuros.Mudando de assunto...Quanto à possibilidade de Portugal poder ser atacado pela Al Caeda. Acho pouco provável... uma vez que eles apoiam-se no medo da morte dos Ocidentais, e a avaliar pelo que vi na minha viagem Bragança-Lisboa os portuguese não têm definitivamente medo da morte.

1 comentário:

J. disse...

fico contente por estares atento e desperto... e que nos deixes a tua opinião,tão bem escrita. Nao te deixes entorpecer:)